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domingo, 22 de maio de 2011

Um lugar qualquer

Admito que se não fosse a música do trailer (I'll try anything once - The Strokes), talvez nada tivesse chamado minha atenção, mas o fato é que resolvi assistir o longa de Sofia Coppola.
Classificado como comédia dramática, não é feito para que o espectador possa gargalhar, ou chorar com emoções extremas, mas sim, refletir um pouco sobre atos simples, muitas vezes despercebidos no cotidiano, como por exemplo, o prazer que se tem ao tomar sorvete. Visto que Johnny Marco (Stephen Dorff) é um ator vazio, que preenche sua vida com festas. E tem sua rotina alterada com a aproximação da filha Cleo (Elle Fanning), levando-o a repensar seus atos.
As cenas são subjetivas, logo no início do filme pode-se perceber a angústia humana. Pois, quantas vezes você corre sem sair do lugar e ao parar não se tem nada além de um olhar entre o sereno e o interrogativo?
Tão sutil quanto palavras soltas: mulheres, prêmios, riquezas, vontades, intuição, solidão, família, felicidade, choro, infinito. Sendo que talvez haja a necessidade de se assistir de novo para conectar essas palavras, descobrindo o quão esclarecedor são os atos humanos, quando tentamos desvendá-los.

Somewhere. 2010, 98 min.

domingo, 1 de maio de 2011

Black Drawing Chalks

É uma banda formada em Goiânia, porém com um som gringo. A cidade em si, é bem propícia para a formação desse tipo de som, influenciando os festivais que lá ocorrem como “Bananada”, “Goiânia Noise” e “Vaca Amarela” - o mesmo acontece em Recife (de onde veio Karina Buhr e Otto, tratados em postagens anteriores).
Os caras da banda se conheceram na faculdade de design gráfico, daí o nome, Black Drawing Chalks era uma caixa de lápis carvão da colega de classe.
Em 2007, lançaram o elogiado disco de estréia, “Big Deal”, passando a tocar por todo o país. E, posteriormente, em 2009 fizeram um turnê no Canadá, com o já consolidado álbum “Life Is a Big Holiday For Us”.
Em 2010 tocaram na Virada Cultural de São Paulo (onde os conheci), com um público não muito grande, porém ansioso para o show na Cásper Líbero, que intercalava em dois palcos nomes promissores da música brasileira (não necessariamente MPB), outro exemplo no mesmo palco era Tulipa Ruiz.
A mistura clássica de bebidas, rock e mulheres forma o som cru e dançante que o circuito precisava, mas como os quatro músicos dizem: "Tudo que você precisa saber é que o Black Drawing Chalks é uma banda de rock." E, não só as músicas são imperdíveis, mas também as artes de vídeo e álbum. Afinal, são designers.
De festivais goianos ao SWU, do SWU ao Liverpool Sound City Festival (19 e 21/05). O que a meu ver não faz tanta diferença, já que a banda não é onde toca, mas sim, como e o que toca. Por isso, deixo aqui algumas faixas em desataque, quem sabe não anima esse seu feriado de domingo chuvoso.
My Radio, Magic Travel,Suicide Girl, Free From Desire, Big Deal, The Legend e Leaving Home (um ótimo toque de celular, não muito discreto, é verdade, mas oportuno para conversas sobre rock, já que quem estiver ao seu lado (quase)sempre perguntará: “ Que música boa é essa!?”).
Ah, e não perca My Favorite Way!