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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Artista indepeoque?


Se tem um motivo para que este blog não seja deletado é o fato de que volta e meia preciso escrever uns textos assim, não tão aleatórios.
Ontem, o Coletivo Garagem Aberta (do qual participo) organizou mais um evento no Motoclube Legião Perdida, daqui de Jundiaí. No mesmo dia o jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria sobre artistas independentes, ao exemplo de Tulipa Ruiz e Criolo, que atualmente vendem mais do que Gilberto Gil e Caetano Veloso.
As bancas de CDs piratas da cidade de São Paulo não reconhecem a presença destes artistas no cenário musical, mas por outro lado se vende é porque alguém reconhece. Mas será que alguém pode me responder: onde está este publico que compra estes cd?
No Motoclube, as bandas Menos um dia (Jundiaí), Thin lines and the curves (São Paulo) e Inesperado -foto- (Itupeva) tiveram um público significativo, principalmente se levarmos em conta o fato das pessoas saírem de suas casas num domingo chuvoso, com jogo do São Paulo x Santos.
 O público pôde acompanhar mais do que um som de qualidade, mas também diferentes estilos. Demonstrando o valor cultural que a música independente da região possui. Sabemos que os artistas precisam de espaços, de ações que os unam.
Cada vez mais tenho acompanhando manifestações de artistas locais, mas minha dúvida é sempre a mesma. O que faz com que as pessoas saiam de casa para irem a eventos culturais? Será a consagração de um espaço, de um artista, de um grupo ou o fato de estarem cansados de algo que ninguém saber dizer o que é?
Em todas as profissões são poucos os reconhecidos. No caso dos artistas, são poucos os remunerados (e também reconhecidos?). É incrível como eventos gratuitos levam as pessoas para os lugares, nem que seja para comprar cerveja.
Mas quer saber? Vou terminar essa postagem aqui, vocês já podem voltar a ver o que “todo mundo” está fazendo no facebook.