Admito que se não fosse a música do trailer (I'll try anything once - The Strokes), talvez nada tivesse chamado minha atenção, mas o fato é que resolvi assistir o longa de Sofia Coppola.
Classificado como comédia dramática, não é feito para que o espectador possa gargalhar, ou chorar com emoções extremas, mas sim, refletir um pouco sobre atos simples, muitas vezes despercebidos no cotidiano, como por exemplo, o prazer que se tem ao tomar sorvete. Visto que Johnny Marco (Stephen Dorff) é um ator vazio, que preenche sua vida com festas. E tem sua rotina alterada com a aproximação da filha Cleo (Elle Fanning), levando-o a repensar seus atos.
As cenas são subjetivas, logo no início do filme pode-se perceber a angústia humana. Pois, quantas vezes você corre sem sair do lugar e ao parar não se tem nada além de um olhar entre o sereno e o interrogativo?
Tão sutil quanto palavras soltas: mulheres, prêmios, riquezas, vontades, intuição, solidão, família, felicidade, choro, infinito. Sendo que talvez haja a necessidade de se assistir de novo para conectar essas palavras, descobrindo o quão esclarecedor são os atos humanos, quando tentamos desvendá-los.
Somewhere. 2010, 98 min.