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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Circuito Sesc de Artes



"A arte em todas as suas manifestações. Em todos os seus encontros. Para todas as pessoas." É assim a programação do circuito ofereceu na última sexta-feira (17) a proposta de percorrer 88 cidades do estado de São Paulo para apresentar os mais variados gêneros de artes, entre os dias 1 e 19 de junho.
Na boa sorte que tive, passei pela Praça da Matriz de Jundiaí às 15h20min, ou seja, apenas 20 minutos depois do início das apresentações.
A peça "A Pereira da Tia Miséria" encantou a praça. Os paranaenses do Núcleo Às de Paus podiam ser visto de longe, por causa das pernas de pau que compunham os personagens, em meio a canções populares e teatro de bonecos, impressionando até mesmo quem achou que já tinha visto tudo que fosse relacionado ao circo. A morte, a guerra, a fome, os homens, as crianças, tudo fazia parte do espetáculo, um lindo espetáculo, no qual só não prendia minha atenção os momentos em que a platéia fazia comentários cujos quais não se podem descartar. Afinal, segurar um público por 50 minutos não é uma tarefa muito fácil.
O encanto me gerou a vontade de continuar ali, e foi isso o que aconteceu. Os "Jogos do Acervo SESC de Arte Brasileira", os fotógrafos do "Lambe-lambe Digital", o "Manual de Invenções" e a performance "É Credito ou Débito?" tomavam conta do espaço durante os intervalos das apresentações.
Às 16h as palhaças paulistanas e Doutoras da Alegria, Bifi e Quinan mostraram “Semi-breve”, com  trapalhadas circenses a partir de uma confusão pela tentativa de se fazer música, como o título sugere. Pouco mais de uma hora depois veio o grupo experimental do Recife: “Zambo”, fazendo danças contemporâneas referentes ao personagem Charles Zambohead, diretamente ligado a Chico Science e ao mangue beat.
            De noite, às 18h30min houveram intervenções audiovisuais, inicialmente com a vídeo-reportagem produzida no dia do evento, questionando os jundiaienses sobre o que é cultura e como ela acontece na cidade. E, posteriormente a artemídia “Ela, só, pensa naquilo” aonde a atriz Fernanda Franceschetto contava sua história simultaneamente ao vídeo e áudio de um guitarrista posto em seu lado. Isso é, até o momento em que espectadores são convidados a responder a pergunta: “O que é amor?”
Por fim, Rappin’Hood e o Quinteto em Branco e Preto fizeram uma mistura de samba e rap, com determinação e confiança de músicos que sabem o que querem passar para o seu público, aliás, - um público que não sei de onde surgiu- mas considerável em relação aos outros espetáculos.
E assim, com música e energia, terminou um dia cheio de arte, que você poderia ter acompanhado de graça caso tivesse sido (mais) divulgado.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Devendra Banhart

Quando a tranqüilidade toma conta dos meus dias, sempre dá aquela vontade gostosa de escrever sobre algo, e junto com isso vem a música. Assim, o artista da vez é o Devendra Banhart.
O hiponga, maluco, bicho grilo, alternativo, ou qualquer coisa que você quiser chamar -menos normal-, faz parte do movimento "New Weird America", ou seja, da América esquisita, misturando psicodelia e folk seiscentista.
Ele também faz parte da banda Vetiver, e eu como uma péssima futura jornalista não tive vontade de pesquisar nada sobre ela. Pois, a carreira solo do músico me encantou o suficiente para passar dias escutando seus álbuns. Além do mais, me impressionou a quantidade de músicas divulgadas em tão pouco tempo, tendo 9 álbuns entre 2002 e 2009.
Se você tende a ser realista demais, desista. Banhart traz músicas totalmente surreais e naturalistas. Numa mistura de Ney Matogrosso e Raul Seixas, o músico assume outros brasileiros na sua lista de influências, e entre eles estão Novos Baianos, Gilberto Gil e Caetano Veloso (com o qual já tocou nos EUA). Isso sem falar de Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti do Little Joy, amigos que sempre estão em parceria nas composições e participações em videoclipes. Assim como a ex-namorada Natalie Portman, em "Carmensita", que você pode conferir abaixo.
E para entrar na maluquice total, a introdução de seu site e as fotos são diversões a parte, até porque ao brincar com o mouse tem uns amigos que não conseguem enxergá-lo. Ou será que ele não está lá e estou vendo coisas demais? Bom, deixe isso pra lá e curta um som.


Ouça "Carmensita", com Natalie Portman


Mesmo que não tenha gostado muito da música anterior procure a versão oficial de "Baby", com Fabrizio Moretti. Dá pra notar uma diferença entre as músicas, pena que o youtube não me deixa postar aqui.

No site você confere todas as músicas na íntegra.
http://www.devendrabanhart.com/