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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Para não deixar de conhecer

Esta é apenas uma nota para informar que a dona deste blog pretende fazer com que ele não fique as moscas, mas nem tudo que se pretende um dia se dá por feito.
Desde o início tudo o que quis foi apresentar coisas novas para alguns, ou não tão novas para outros. Por isso, mesmo que aqui esteja assim, tão paradão, venho dar algumas dicas.
Comecei a escrever para outro site: o Garagem Aberta lá você encontra informações sobre um recente Coletivo de artistas independentes de Jundiaí e região, pode conferir o canal do youtube (que deu origem ao CGA), uma rádio com as bandas participantes, agenda dos eventos, conhecer os colaboradores e até mesmo colaborar. O intuito de fortalecer a cena cultural da cidade uniu artistas, e essa vontade que eles possuem de expor seu trabalho me fez querer participar, mesmo que eu não seja artista também. Ou seja, qualquer um que realmente tem interesse pode ajudar e apresentar seu trabalho. Vale muito a pena conhecer.
            Outra dica (eu ia chamar de valiosa, mas quem dá os julgamentos aqui são vocês leitores) é o blog Brasil do que? , onde você encontra “Crônicas de um país sem sobrenome”. Mas é o seguinte, se for para ler pela metade, nem comece. As postagens são na maioria das vezes longas, reflexivas e realmente interessante, não são dessas para não se terminar. 
Estou estendendo um pouco, mas vale falar também dos seus autores, Rafael Galeoti e Ícaro Pupo, que entre outras atividades são voluntários do Cursinho Professor Chico Poço, uma ONG que proporciona o pré-vestibular gratuito para alunos de baixa renda. Pois, se você quer entrar para essa fase assustadora - e as vezes divertida - se informe sobre o processo seletivo 2012.
Olha só, você pode colaborar com várias coisas legais, se for de Jundiaí e região já tem duas opções: o Coletivo Garagem Aberta e o Cursinho Professor Chico Poço, mas se não for não tem problema, tenho certeza que  ai onde mora tem alguém precisando de um trabalho voluntário.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Coletânea Independência!

Ontem, 7 de setembro, dia da Independência. E para aproveitar a data a Oba!Records liberou uma coletânea virtual com 30 bandas independentes do cenário rock brasileiro (contando com algumas jundiaienses, é claro).
             Para o processo de seleção as bandas tiveram todas as informações disponíveis no site da gravadora, com o prazo das 16h do dia 06/09 para enviar seu material, sem que nenhum centavo fosse cobrado das mesmas.
Então, mais uma vez, deixo aqui uma oportunidade de garimpar novos sons!
As bandas participantes e o link para download você confere abaixo:
Blind Pigs, 1000 Halls, Muzzarelas, Leptospirose, Perturbadores de Silêncio, Fox Hound, No Reply, Ponto, Fetus Humanóides, Dinamite Club, Criss Trovão, New Action, Gasoline Special, Nitrominds, Rachacuca, Magaivers, DNR, Dance of Days, Fistt, Instinto, Dissonicos, Sallys Home, Arc Over, Beatsick Sailors, Delorean, Erro 404, Projeto Ativo, Revid, Sexy Pato e Skarrapatos KO.

Gostou?  Compartilhe e use a hashtag #coletaneaindependencia

domingo, 7 de agosto de 2011

Criolo


 Criolo, isso mesmo, não é Crioulo, mas repita isso, sem preconceito algum: Criolo. Esse é o paulistano Kleber C. Gomes, 35, morador do Grajaú, periferia de São Paulo, onde aos 12 anos começou a carreira de MC, criando a Rinha dos MC´s junto com DJ Dan Dan (foto ao lado).
           Músico, compositor e/ou  rapper - o difícil aqui é saber que definição dar - que recebe destaque pela  produção artística de seu segundo disco: “Nó na Orelha”, o qual ele mesmo classifica como “a expressão dos seus sentimentos através dos ritmos.”
O disco é formado por dez canções que vão se modificando e surpreendendo através de letras  expressivas e arranjos envolventes. Difícil mesmo é não ficar com nenhum refrão na cabeça (mas não é como aquelas músicas chatas e grudentas).
O artista tem sido muito elogiado pela mídia, mas a humildade parece tomar conta daquilo que canta,   e que deveria ser reconhecido - não só por ter ficado muitos anos de sua carreira sem conseguir gravar um disco, não desistir, e agora saber aproveitar as oportunidades que seu novo álbum está lhe oferecendo.
Semanas atrás apareceu no programa Altas Horas e por isso foi parar nos TT´s  (Os Trending Topics ou simplesmente os assuntos mais falados do twitter), chegando a agradecer por outra rede social, o facebook, com a seguinte mensagem: “CRIOLO nos TTs do Twitter. Que progresso. Obrigado a todos vocês!”. Assim como na revista Rolling Stones (nº58) onde teve uma resenha crítica de seu show, avaliado como excelente (4 estrelas), quebrando barreiras contra o preconceito pelo rap e os artitas da periferia. 
Seu trabalho tem sido reconhecido não só por críticos e apreciadores de música, mas principalemente por outros artistas, tendo então participações especiais em músicas de Emicida, Tulipa Ruiz e Gui Amabis, por exemplo. 
Por fim, admito que demorei um tempo para concluir essa postagem, e talvez ainda não tenha ficado como deveria, pois queria que essa realmente despertasse um interesse em você leitor, por acreditar que é algo que merece ser ouvido, independente do estilo de música que está habituado a escutar.



http://www.criolo.art.br/criolononaorelhahotsite/

sábado, 23 de julho de 2011

Guia do mochileiro das galáxias


Um bom livro começa no prefácio, e por isso gosto de optar por aqueles que já passaram por diversas edições, tendo então um pouco sobre as opiniões e efeitos que o livro causou desde seu lançamento. Assim, Bradley Trevor Greive é um verdadeiro instigador do Guia do Mochileiro das Galáxias (edição 2010).
Inicialmente, em 1978 a história infanto-juvenil era transmitida na britânica BBC Radio 4, até ser transformada em uma série de cinco livros, seis episódios no canal BBC e por fim um filme. Esse é o resultado do encantamento causado por Douglas Adams que narra as aventuras do inglês Arthur Dent, seu amigo extraterrestre Ford Perfect e outros “heróis” que surgem durante a trama. 
O uso de um humor característico e as explicações técnico-científicas – algumas vezes mirabolantes – dão um toque especial ao modo como as aventuras ocorrem ligadas as dúvidas existenciais de qualquer ser humano - por mais nerd que ele seja, visto que o livro foi classificado não sei por quem, mas para esse tipo de público.
Quem é você? Quem sou eu? Para onde vamos? O que fazer agora? Como chegamos aqui? E outras perguntas são recorrentes na ficção, por mais sutis que possam parecer, levando o leitor para um mudo distante, através de uma leitura fácil de puro entretenimento.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

1º Jundiaí Arte & Cultura


 O Ateliê Casarão - coordenado por Claudio Albuquerque - é uma alternativa de espaço para que artistas criem, debatam e apresentem diversas manifestações de arte. Sendo que um pouco disto poderá ser conferido amanhã das 17h às 22h no 1º Jundiaí Arte & Cultura.
O Projeto organizado por Rodolfo Takemoto e Silvio Romão faz parte da divulgação e apoio à arte da cidade, praticada por muitos, reconhecida por menos do que deveria ser. A programação conta com as bandas Lúpus, King of Kings, Tambores de Inkice, Fetus Humanoides, variando do rock de horror ao reggae, das batidas africanas ao hardcore. Além das apresentações teatrais (Pernambuco em 4 atos e No Interior do Improviso); exibição de curtas; exposições de fotos, quadros e fanzines.
           O Ateliê fica na Rua Doutor Almeida, nº 265 centro – Jundiaí. Valor da entrada R$ 10,00

Abaixo você pode conferir os horários de cada atração e sites relacionados ao local e a alguns dos artistas participantes.


Lúpus - 17:20h
No Interior do Improviso - 18:00h
King of Kings - 18:40h
Pernabuco em 4 atos - 19:20h
Tambores de Inkice - 20:00h
Outras Atrações (pirofagia, venda de fazines e outros) - 20:40h
Fetus Humanoides - 21:20h
Estará ocorrendo simultaneamente exposições de fotos e quadros e exibições de curtas.

Ateliê Casarão
Jundcomics
Cineclube Consciência
Fetus Humanoides

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Circuito Sesc de Artes



"A arte em todas as suas manifestações. Em todos os seus encontros. Para todas as pessoas." É assim a programação do circuito ofereceu na última sexta-feira (17) a proposta de percorrer 88 cidades do estado de São Paulo para apresentar os mais variados gêneros de artes, entre os dias 1 e 19 de junho.
Na boa sorte que tive, passei pela Praça da Matriz de Jundiaí às 15h20min, ou seja, apenas 20 minutos depois do início das apresentações.
A peça "A Pereira da Tia Miséria" encantou a praça. Os paranaenses do Núcleo Às de Paus podiam ser visto de longe, por causa das pernas de pau que compunham os personagens, em meio a canções populares e teatro de bonecos, impressionando até mesmo quem achou que já tinha visto tudo que fosse relacionado ao circo. A morte, a guerra, a fome, os homens, as crianças, tudo fazia parte do espetáculo, um lindo espetáculo, no qual só não prendia minha atenção os momentos em que a platéia fazia comentários cujos quais não se podem descartar. Afinal, segurar um público por 50 minutos não é uma tarefa muito fácil.
O encanto me gerou a vontade de continuar ali, e foi isso o que aconteceu. Os "Jogos do Acervo SESC de Arte Brasileira", os fotógrafos do "Lambe-lambe Digital", o "Manual de Invenções" e a performance "É Credito ou Débito?" tomavam conta do espaço durante os intervalos das apresentações.
Às 16h as palhaças paulistanas e Doutoras da Alegria, Bifi e Quinan mostraram “Semi-breve”, com  trapalhadas circenses a partir de uma confusão pela tentativa de se fazer música, como o título sugere. Pouco mais de uma hora depois veio o grupo experimental do Recife: “Zambo”, fazendo danças contemporâneas referentes ao personagem Charles Zambohead, diretamente ligado a Chico Science e ao mangue beat.
            De noite, às 18h30min houveram intervenções audiovisuais, inicialmente com a vídeo-reportagem produzida no dia do evento, questionando os jundiaienses sobre o que é cultura e como ela acontece na cidade. E, posteriormente a artemídia “Ela, só, pensa naquilo” aonde a atriz Fernanda Franceschetto contava sua história simultaneamente ao vídeo e áudio de um guitarrista posto em seu lado. Isso é, até o momento em que espectadores são convidados a responder a pergunta: “O que é amor?”
Por fim, Rappin’Hood e o Quinteto em Branco e Preto fizeram uma mistura de samba e rap, com determinação e confiança de músicos que sabem o que querem passar para o seu público, aliás, - um público que não sei de onde surgiu- mas considerável em relação aos outros espetáculos.
E assim, com música e energia, terminou um dia cheio de arte, que você poderia ter acompanhado de graça caso tivesse sido (mais) divulgado.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Devendra Banhart

Quando a tranqüilidade toma conta dos meus dias, sempre dá aquela vontade gostosa de escrever sobre algo, e junto com isso vem a música. Assim, o artista da vez é o Devendra Banhart.
O hiponga, maluco, bicho grilo, alternativo, ou qualquer coisa que você quiser chamar -menos normal-, faz parte do movimento "New Weird America", ou seja, da América esquisita, misturando psicodelia e folk seiscentista.
Ele também faz parte da banda Vetiver, e eu como uma péssima futura jornalista não tive vontade de pesquisar nada sobre ela. Pois, a carreira solo do músico me encantou o suficiente para passar dias escutando seus álbuns. Além do mais, me impressionou a quantidade de músicas divulgadas em tão pouco tempo, tendo 9 álbuns entre 2002 e 2009.
Se você tende a ser realista demais, desista. Banhart traz músicas totalmente surreais e naturalistas. Numa mistura de Ney Matogrosso e Raul Seixas, o músico assume outros brasileiros na sua lista de influências, e entre eles estão Novos Baianos, Gilberto Gil e Caetano Veloso (com o qual já tocou nos EUA). Isso sem falar de Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti do Little Joy, amigos que sempre estão em parceria nas composições e participações em videoclipes. Assim como a ex-namorada Natalie Portman, em "Carmensita", que você pode conferir abaixo.
E para entrar na maluquice total, a introdução de seu site e as fotos são diversões a parte, até porque ao brincar com o mouse tem uns amigos que não conseguem enxergá-lo. Ou será que ele não está lá e estou vendo coisas demais? Bom, deixe isso pra lá e curta um som.


Ouça "Carmensita", com Natalie Portman


Mesmo que não tenha gostado muito da música anterior procure a versão oficial de "Baby", com Fabrizio Moretti. Dá pra notar uma diferença entre as músicas, pena que o youtube não me deixa postar aqui.

No site você confere todas as músicas na íntegra.
http://www.devendrabanhart.com/

domingo, 22 de maio de 2011

Um lugar qualquer

Admito que se não fosse a música do trailer (I'll try anything once - The Strokes), talvez nada tivesse chamado minha atenção, mas o fato é que resolvi assistir o longa de Sofia Coppola.
Classificado como comédia dramática, não é feito para que o espectador possa gargalhar, ou chorar com emoções extremas, mas sim, refletir um pouco sobre atos simples, muitas vezes despercebidos no cotidiano, como por exemplo, o prazer que se tem ao tomar sorvete. Visto que Johnny Marco (Stephen Dorff) é um ator vazio, que preenche sua vida com festas. E tem sua rotina alterada com a aproximação da filha Cleo (Elle Fanning), levando-o a repensar seus atos.
As cenas são subjetivas, logo no início do filme pode-se perceber a angústia humana. Pois, quantas vezes você corre sem sair do lugar e ao parar não se tem nada além de um olhar entre o sereno e o interrogativo?
Tão sutil quanto palavras soltas: mulheres, prêmios, riquezas, vontades, intuição, solidão, família, felicidade, choro, infinito. Sendo que talvez haja a necessidade de se assistir de novo para conectar essas palavras, descobrindo o quão esclarecedor são os atos humanos, quando tentamos desvendá-los.

Somewhere. 2010, 98 min.

domingo, 1 de maio de 2011

Black Drawing Chalks

É uma banda formada em Goiânia, porém com um som gringo. A cidade em si, é bem propícia para a formação desse tipo de som, influenciando os festivais que lá ocorrem como “Bananada”, “Goiânia Noise” e “Vaca Amarela” - o mesmo acontece em Recife (de onde veio Karina Buhr e Otto, tratados em postagens anteriores).
Os caras da banda se conheceram na faculdade de design gráfico, daí o nome, Black Drawing Chalks era uma caixa de lápis carvão da colega de classe.
Em 2007, lançaram o elogiado disco de estréia, “Big Deal”, passando a tocar por todo o país. E, posteriormente, em 2009 fizeram um turnê no Canadá, com o já consolidado álbum “Life Is a Big Holiday For Us”.
Em 2010 tocaram na Virada Cultural de São Paulo (onde os conheci), com um público não muito grande, porém ansioso para o show na Cásper Líbero, que intercalava em dois palcos nomes promissores da música brasileira (não necessariamente MPB), outro exemplo no mesmo palco era Tulipa Ruiz.
A mistura clássica de bebidas, rock e mulheres forma o som cru e dançante que o circuito precisava, mas como os quatro músicos dizem: "Tudo que você precisa saber é que o Black Drawing Chalks é uma banda de rock." E, não só as músicas são imperdíveis, mas também as artes de vídeo e álbum. Afinal, são designers.
De festivais goianos ao SWU, do SWU ao Liverpool Sound City Festival (19 e 21/05). O que a meu ver não faz tanta diferença, já que a banda não é onde toca, mas sim, como e o que toca. Por isso, deixo aqui algumas faixas em desataque, quem sabe não anima esse seu feriado de domingo chuvoso.
My Radio, Magic Travel,Suicide Girl, Free From Desire, Big Deal, The Legend e Leaving Home (um ótimo toque de celular, não muito discreto, é verdade, mas oportuno para conversas sobre rock, já que quem estiver ao seu lado (quase)sempre perguntará: “ Que música boa é essa!?”).
Ah, e não perca My Favorite Way!