Se tem um motivo para que este blog
não seja deletado é o fato de que volta e meia preciso escrever uns textos
assim, não tão aleatórios.
Ontem, o Coletivo Garagem Aberta (do
qual participo) organizou mais um evento no Motoclube Legião Perdida, daqui de
Jundiaí. No mesmo dia o jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria sobre
artistas independentes, ao exemplo de Tulipa Ruiz e Criolo, que atualmente vendem
mais do que Gilberto Gil e Caetano Veloso.
As bancas de CDs piratas da cidade
de São Paulo não reconhecem a presença destes artistas no cenário musical, mas
por outro lado se vende é porque alguém reconhece. Mas será que alguém pode me
responder: onde está este publico que compra estes cd?
No Motoclube, as bandas Menos um dia
(Jundiaí), Thin lines and the curves (São Paulo) e Inesperado -foto- (Itupeva) tiveram
um público significativo, principalmente se levarmos em conta o fato das
pessoas saírem de suas casas num domingo chuvoso, com jogo do São Paulo x
Santos.
O público pôde acompanhar mais do que um som
de qualidade, mas também diferentes estilos. Demonstrando o valor cultural que
a música independente da região possui. Sabemos que os artistas precisam de
espaços, de ações que os unam.
Cada vez mais tenho acompanhando
manifestações de artistas locais, mas minha dúvida é sempre a mesma. O que faz com
que as pessoas saiam de casa para irem a eventos culturais? Será a consagração
de um espaço, de um artista, de um grupo ou o fato de estarem cansados de algo
que ninguém saber dizer o que é?
Em todas as profissões são poucos os
reconhecidos. No caso dos artistas, são poucos os remunerados (e também
reconhecidos?). É incrível como eventos gratuitos levam as pessoas para os
lugares, nem que seja para comprar cerveja.
Mas quer saber? Vou terminar essa
postagem aqui, vocês já podem voltar a ver o que “todo mundo” está fazendo no
facebook.