Páginas

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Discurso do Rei

7 prêmios Bafta, 12 indicações no Oscar, 4 ganhos, sendo um deles de melhor filme. É somente com essa informação que muitos chegam aos cinemas para assistir “O Discurso do Rei”, esperando mais um filme sobre a monarquia inglesa. Pois bem, não é o que acontece. Mas sim, um possível lado B durante o reinado de George VI- inicialmente príncipe Albert, Duque de York-, quando quase nada do que se é relatado está envolvido com fatos históricos, guerras, nazismo e aspectos ocorridos na época.
Talvez os prêmios tenham sido ganho pelo lado emocional existente entre a amizade do Rei gago e Lionel Logue,o terapeuta plebeu, australiano e não diplomado, que muitas vezes, através de seus métodos incomuns, rouba a cena e risadas do espectador.
Colin Firth não decepciona, desde a primeira cena seu desempenho é posto à prova, a gagueira é convincente, as variações de humor são fascinantes, e as expressões incontestáveis. Junto a ele, está Helena Bonham Carter, que ao contrário do protagonista, não recebe a estatueta do Oscar (quem leva é Natalie Portman, com Cisne Negro). Geoffrey Rush, o coadjuvante hilário, é conhecido de outro filme Real, Elizabeth: A Era de Ouro – fora atuações em Piratas do Caribe. E, segundo boatos algumas de suas falas foram retiradas do verdadeiro diário de L. Logue.
Mas é claro que nem todas as cenas são marcadas pela emoção entre Duque e terapeuta, há também os momentos em família. A morte do Rei George V, as relações com o irmão que não cumpre seu papel monarca, abdicando o trono para ficar com Wallis Simpson, a americana divorciada pela segunda vez. E os momentos fraternais com suas duas filhas, sendo a mais velha, futura rainha Elizabeth II.
Devendo ou não, o orgulho inglês existe. Graças ao representante que supera dificuldades existentes desde os cinco anos de idade, para ajudar e satisfazer seu povo. E este, que literalmente está “a todo ouvido” nas transmissões de rádio marcadas pela expectativa da Segunda Guerra Mundial.
É um filme ilustrado, na história e na fotografia, elementos clássicos (discos, pinturas, dias nublados, figurinos) que o torna lindo! Gostoso de se assistir, os 118 minutos passam rápido, dando a sensação de que escolheu o filme certo na lista de produções que nos oferecem atualmente.

2 comentários:

  1. Gostei bastante, suas postagens atuais tem um ar mais profissional.

    ResponderExcluir
  2. Esse filme chamou minha atenção apenas pelos bons atores, mas agora tive vontade de assistir. Um ótimo texto, com todas as informações necessárias, bem organizado e gostoso de ler.

    ResponderExcluir