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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Última parada 174

Tenho a péssima mania de ver um filme muito tempo depois de seu lançamento, assim aconteceu com Quem quer ser um milionário e até hoje não assisti Tropa de Elite, mas por curiosidade parei para ver Última parada 174 que não havia me chamado a menor atenção.
Com o seqüestro do ônibus 174 na linha Central-Gávea, no ano 2000 o Rio de Janeiro foi cenário de mais um acontecimento trágico entre policias, criminosos estereotipados e cidadãos inocentes. Esta foi a receita usada por Bruno Barreto para mais um filme brasileiro com o estilo "favela" que vem sendo incentivado após Cidade de Deus, a maioria com prestígios bem menores do que seu pioneiro (com razão).
Desde seu lançamento surgiram várias comparações com o Linha de Passe, de Walter Salles e Ônibus 174, de José Padilha.
O filme possui elementos básicos que cativam alguns e horrorizam outros: a mãe viciada que perde o filho e se torna seguidora de Jesus, o pastor, policias, chacinas, crianças cheirando cola, a menina das ruas que se torna prostituta,traficantes, uma ONG e cariocas comuns.
São 110 minutos relatando a história de Sandro garoto que vê a mãe morrer, passa a viver nas ruas e vai para o crime, sendo chamado por uma das personagens como "a maior vítima de tudo". Mas será que é isso mesmo?
Paralelamente há outro garoto: Alessandro, que é tirado dos braços da mãe ainda bebê, como não sabe quem é, acredita ser filho do maior traficante da favela.
Apesar da boa fotografia e de todos os personagens necessários para uma história cativante, os atores podem não te levam à tensão esperada e surgem falsas ideologias, onde Sandro parece não ter escolha, já que sociedade é vista como o mal de tudo, sem ao menos perceber as verdadeiras vítimas, como por exemplo, Geísa, a professora morta que não tem sequer seu nome citado, assim como nada é mostrado sobre os julgamentos dos policias que mataram Sandro asfixiado, ou melhor não mataram, foram julgados inocentes.
Mas sei lá, não conheço o Rio de Janeiro, não sou especialista em cinema e o filme concorreu/ venceu vários festivais.

3 comentários:

  1. esse é o tipo de filme q prende a total atenção do público brasileiro, algumas vezes eu ouvi q este tipo de filme incentiva a violência e dão idéias marginais desde "Cidade de Deus", eu axo q talvez ñ, só mostra a realidade msm!, nua e crua.

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  2. Muito boa a matéria Marina, só uma frase no final me confundiu, parece que você embolou muita informação em uma só frase, mas isso é na minha visão lenta pra interpretações né, gostei mais da matéria que do filme

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  3. Hm, acho que o Realismo deixou marcas profundas na cultura brasileira. Nunca gostei muito.

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