Resolvi fazer este post sobre Otto assim que vi a lista divulgada pela Folha de São Paulo com os "50 álbuns que formaram identidade musical brasileira dos anos 2000".
O cantor pernambucano tem sido minha descoberta abandonada. No mês de setembro baixei seu disco Condom Black, ouvi algumas vezes e depois o deixei em alguma pasta perdida por aqui. Porém, desde antes de ouvir este álbum tem alguma coisa em Otto que me chama atenção e não consigo decifrar, talvez seja algo em suas letras, a dança espontânea, os mais diversos ritmos em uma única música, a sinceridade aparente de forma inventiva ou as idéias claras em curtas entrevistas.
Hoje, o cantor está cada vez mais presente nos festivais independentes que rolam por todo o país, sendo sinônimo de música alternativa com um público receptivo e pronto para uma nova experiência.
Foi de ex-percussionista de grupos como Nação Zumbi e Mundo Livre S/A para cantor de festas dos Oasis, ganhador de prêmios da MTV ou companheiro de palco de Tom Zé.
A vida pessoal de Otto pode ser boa para programas de fofoca, problemas com drogas e álcool, casou-se com uma atriz global, namorou outra e música na novela das nove. Mas não é isto que vim "apresentar".
A curiosidade que ele me desperta é indescritível, uma viagem sonora com gosto de uma forte comida nordestina, da qual ainda não conheço, pode parecer bem abstrato, assim como o videoclipe que deixarei logo abaixo - e antes que perguntem, o primeiro vídeo não tem nenhuma referência gay, mas sim uma homenagem a peça teatral Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues. E o segundo demostra bem alguns dos "experimentos" de Otto, junto ao rapper MV Bill.
E se você não entendeu ou não gostou das músicas, tudo bem, essa também foi a minha primeira reação.
Os álbuns podem ser ouvidos na íntegra em http://trama.uol.com.br/otto/hotsites/principal/#
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